Teve início nesta terça-feira, 22, a oficina final do Projeto Caatinga Potiguar, cuja finalidade foi definir as áreas prioritárias para criação de unidades de conservação na caatinga do Rio Grande do Norte. A oficina conta com a presença de cerca de 60 acadêmicos e representantes de secretarias municipais do meio ambiente, do IDEMA, do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), do Ministério do Meio Ambiente e de organizações não-governamentais.
São apresentadas as dez melhores áreas do estado para a criação de unidades de conservação, bem como os resultados do maior inventário de mamíferos do estado, realizado através de armadilhas fotográficas (câmeras que registram automaticamente o movimento dos animais).
As câmeras, que funcionaram 24 horas por dia durante os meses de estudo, registraram apenas uma onça parda e nenhuma onça pintada, o que indica que esta espécie já não existe no Rio Grande do Norte.
Na ocasião, também são apresentados os resultados de mapeamentos participativos e análises socioecológicas realizados para investigar como a população rural potiguar interage com os recursos naturais da Caatinga e percebe a criação de unidades de conservação.
Projeto
O Projeto Caatinga Potiguar foi desenvolvido durante mais de dois anos pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), coordenado por Eduardo Martins Venticinque, Carlos Roberto Fonseca e Marina Antongiovanni da Fonseca, do Departamento de Ecologia.
A pesquisa teve a parceria da Wildlife Conservation Society (WCS Brasil) e do Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente (IDEMA). Os recursos (R$ 500 mil) foram providos pelo Ato de Conservação de Florestas Tropicais (TFCA), de acordo internacional entre os governos dos Estados Unidos e do Brasil.
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