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Evento de três dias reúne representantes de mosaicos das cinco regiões do Brasil.
Brasília, 18 de fevereiro de 2025. A busca por equilibrar biodiversidade, sociodiversidade e desenvolvimento sustentável é um dos grandes desafios dos mosaicos de áreas protegidas no Brasil. Para promover o alinhamento e o fortalecimento dessas estratégias, a Rede Nacional de Mosaicos de Áreas Protegidas (REMAP) realiza, de 18 a 20 de fevereiro, o III Workshop Nacional Mosaicos de Áreas Protegidas. O evento acontece no auditório do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), em Brasília, reunindo autoridades, representantes de municípios e de áreas protegidas que compõem os mosaicos, sociedade civil, lideranças indígenas, quilombolas e comunitárias e organizações não governamentais. Com o auditório lotado por 175 participantes presenciais e mais de 400 inscritos acompanhando virtualmente, o encontro mobiliza cerca de 600 pessoas em torno do tema.
A programação inclui painéis temáticos e mesas de debate que abordam temas cruciais, como a compatibilização entre biodiversidade, sociodiversidade e desenvolvimento sustentável, além de estratégias para o alinhamento e fortalecimento das políticas públicas voltadas às áreas protegidas. O evento teve início com a solenidade de abertura, com um canto Tenetehara, com participação de indígenas Guajajara, Awa-Guajá, Tembé e Kaápor, do Maranhão Pará, seguido por falas de representantes do ICMBio, Ministério do Meio Ambiente e REMAP, destacando a importância da cooperação interinstitucional.
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Entre os destaques do workshop, estão as apresentações sobre experiências bem-sucedidas de gestão de mosaicos, com relatos de diferentes regiões do país e por discussões colaborativas para a construção de diretrizes nacionais. Também estão previstas rodas de conversa entre gestores, pesquisadores e comunidades tradicionais, visando troca de conhecimentos e fortalecimento da governança participativa.
No último dia, o encontro será dedicado à consolidação das propostas debatidas, com a elaboração de um documento coletivo que servirá como referência para a atuação integrada dos mosaicos de áreas protegidas no Brasil. A expectativa é que o evento resulte em avanços concretos para a conservação ambiental, o respeito às diversidades socioculturais e o desenvolvimento sustentável.
Marcos Pinheiro, um dos coordenadores da REMAP, reafirmou a importância do diálogo contínuo e da ação conjunta para a proteção dos territórios e das comunidades que vivem e preservam essas áreas.
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Atualmente, o Brasil conta com 26 mosaicos de áreas protegidas: MOS Lago de Tucuruí; MOS Serras da Capivara e Confusão; MOS Lagamar; MOS Bocaina; MOS Mata Atlântica Central Fluminense; MOS Serra da Mantiqueira; Jureia-Itatins; MOS da Serra de São José; MOS Jacupiranga; MOS das Ilhas e Áreas MArinhas do Litoral Paulista; MOS Sertão Veredas Pereaçu; Mos Apuí;MOS do Manguezal da Baía de Vitória; MOS da Serra do Espinhaço-Jequitinhona Cabral; MOS Mico-Leão-Dourado; MOS Baixo Rio Negro; MOS da Foz do Rio Doce; MOS Extremo Sul da Bahia; MOS Carioca; MOS da Amazônia Meridional; MOS do Paranapiacaba; MOS da Amazônia Oriental; MOS do Jalapão; MOS da Serra do Espinhaço - Serra do Cipó; MOS do Serrado Paulista; MOS da Serra do Espinhaço - Quadrilátero Ferrífero.
O evento, promovido pela REMAP, conta com as parcerias de: Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon); Instituto de Pesquisa e Formação Indígena (IEPÉ); Fundação Pró-Natureza (Funatura); Instituto Sociedade, População e Natureza (ISPN); Instituto Biotrópicos; WCS Brasil; Instituto Rosa e Sertão; ICMBio e Ministério do Meio Ambiente e Mudanças do Clima.