Exploração

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Foi realizado, entre os dias 24 e 28 de outubro na Pousada Uacari, localizada na Reserva de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá, evento para a criação da Aliança para a Conservação da Onça-Pintada na Amazônia. O evento reuniu diversos especialistas para a discussão de metodologias e estratégias com foco na conservação da onça-pintada na região.

A iniciativa multi-institucional tem como principais objetivos desenvolver uma estratégia de monitoramento da onça-pintada na Amazônia, aumentar o conhecimento sobre a espécie na região e promover a coexistência da onça com as populações tradicionais. “A ideia foi juntar esforços entre instituições e indivíduos que têm interesse na conservação da onça-pintada para viabilizar uma ação mais abrangente e testar metodologias de monitoramento adequadas para a espécie na extensa floresta Amazônica", afirmou Emiliano Esterci Ramalho, pesquisador do Instituto Mamirauá.

Entre as propostas discutidas no encontro estão o monitoramento da presença de onças-pintadas em Unidades de Conservação da Amazônia, a estimativa de densidade da espécie em três tipos de ambientes: várzea, terra firme, e áreas de transição; o teste de métodos de monitoramento da espécie no Bioma; e também trabalhar com as comunidades de forma a minimizar conflitos existentes, melhorando a coexistência entre humanos e onças.

De acordo com Carlos Durigan, da WCS-Brasil, este esforço coletivo iniciado a partir do primeiro encontro da Aliança deverá fortalecer as ações em prol do conhecimento e conservação da onça-pintada. “Considerando a escala da Amazônia e grandes lacunas referentes ao atual estado populacional da espécie, assim como referentes ao entendimento dos conflitos existentes com grupos sociais locais, pretendemos construir uma agenda mais positiva e participativa para solução de potenciais problemas”, enfatiza Durigan.

Emiliano reforça que a iniciativa é importante por “conseguir reunir instituições que têm atuações diferentes, mas com o interesse em comum da conservação da onça pintada. Com a criação da Aliança, esse objetivo está na agenda e no cronograma dessas instituições. Vamos avaliar estratégias e metodologias para agir em conjunto”, afirma.

A Aliança reúne mais de dez instituições especializadas em pesquisa e conservação. “Esta mobilização é fundamental e necessária e contamos com este coletivo, assim como sua ampliação com a participação crescente de membros na Aliança, que é um movimento aberto a novas adesões", reforçou Durigan.

Já fazem parte da Aliança para a Conservação da Onça-Pintada na Amazônia: o Instituto Mamirauá, a Wildlife Conservation Society (WCS - Brasil), o Centro Estadual de Unidades de Conservação (Ceuc), o Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Mamíferos Carnívoros do Instituto Chico Mendes (Cenap/ICMBIO), o Instituto Nacional de Pesquisa da Amazônia (Inpa), o Instituto Piagaçu (IPI), o Instituto Pró-carnívoros, a WWF - Brasil, a Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC/RS), a Panthera Brasil, a Universidade de São Paulo (USP), Escola da Amazônia e a Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). 

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