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A WCS Brasil (do inglês, Wildlife Conservation Society) participou, nos dias 3 a 5 de maio, de um workshop em Letícia, Colômbia, sobre o uso de técnicas moleculares rápidas de sequenciamento de DNA para ajudar na diferenciação de espécies de animais silvestres sujeitos ao tráfico de fauna na região amazônica. Na ocasião, foi apresentada uma análise da dinâmica do comércio legal e ilegal das espécies de matamatás (Chelus fimbriata e Chelus orinocensis), tartarugas de água doce típicas das bacias dos rios Amazonas e Orinoco, respectivamente. O estudo foi feito no Peru, Colômbia e Brasil.

Embora sua coleta e comércio sejam proibidos na Colômbia e no Brasil, as matamatás possuem características únicas, muitas vezes consideradas “estranhas”, que atraem a cobiça de colecionadores de pets, particularmente de mercados ilegais nos Estados Unidos, Europa e Ásia. É a segunda espécie de tartaruga aquática mais apreendida no Peru, tendo a Colômbia e o Brasil como países de trânsito para saída ilegal.

Os principais resultados da análise da dinâmica do comércio legal e ilegal de matamatás foram apresentados no evento pelo especialista em tráfico de vida silvestre da WCS Brasil, Rafael Leite. “Em um grupo formado por profissionais dos três países, analisamos que o tráfico de matamatás visa abastecer o mercado ilegal de animais de estimação, tanto em nível nacional quanto internacional. Apesar das espécies de matamatás não estarem listadas como ameaçadas de extinção, elas carecem de revisão do seu estado de conservação devido à demanda do comércio de pets”, explicou.

Participaram do evento, além da WCS, a Polícia Federal do Brasil, a Corporação para o Desenvolvimento Sustentável do Sul da Amazônia (CORPOAMAZONÍA) e Polícia Nacional da Colômbia, o Serviço Nacional Florestal e de Fauna Silvestre (SERFOR) do Peru, e a Universidade Internacional da Flórida, Estados Unidos. A iniciativa foi financiada pelo Governo dos Estados Unidos e pela União Europeia, por meio da Aliança pela Fauna Silvestre e as Florestas.

Sobre a Aliança pela Fauna Silvestre e Florestas - A Aliança pela Fauna Silvestre e Florestas é uma ação regional promovida pela União Europeia e implementada pela WCS e WWF que visa combater o tráfico de vida selvagem e madeira, através do empenho da sociedade civil no reforço da aplicação da lei e da cooperação com e entre as autoridades da Colômbia, Equador, Peru, Bolívia e áreas de tríplice fronteira com o Brasil.

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