
Oficina facilitada pela WCS Brasil reuniu comunitários, órgãos públicos e organizações da sociedade civil
Nos dias 19 e 20 de julho, a Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS) Igapó-açú recebeu a primeira Oficina de Turismo de Base Comunitária, uma iniciativa da WCS Brasil com o objetivo de fortalecer o protagonismo local no desenvolvimento de atividades turísticas sustentáveis e alinhadas aos valores socioculturais da região.
A oficina contou com a presença de representantes da Secretaria Municipal de Turismo de Careiro Castanho, da Casa do Rio, além de moradores e lideranças de seis comunidades locais: Nova Geração, São Sebastião do Igapó-açú, Lago do Tracajá, Aldeia do Piranha, Aldeia do Marinheiro e Lago do Mamori.
Diagnóstico participativo - A programação teve início nos dias 12 e 13 de julho, com uma visita técnica conduzida por Rodrigo Osório, consultor contratado pela WCS Brasil. Ele percorreu comunidades que já desenvolvem iniciativas turísticas, buscando compreender suas dinâmicas e identificar boas práticas locais.
Na sequência, a partir do dia 15 de julho, foi realizada uma prospecção fluvial no rio Igapó-açú, com visitas aos pontos indicados pelas comunidades como potenciais atrativos turísticos. Cachoeiras, trilhas, paisagens naturais e expressões culturais foram mapeadas de forma colaborativa com os moradores.
Oficina e construção coletiva - Durante os dois dias de oficina, os resultados das visitas técnicas foram apresentados às comunidades como ponto de partida para reflexões e planejamento. Em um ambiente de escuta ativa e troca de saberes, foram abordados conceitos-chave sobre Turismo de Base Comunitária (TBC), com ênfase na valorização da cultura local, no respeito ao meio ambiente e na geração de renda de forma justa e compartilhada.
Entre as dinâmicas propostas, os participantes desenharam roteiros turísticos possíveis, construindo coletivamente pacotes para diferentes perfis de visitantes. As discussões também revelaram os desejos e expectativas das comunidades em relação à legitimação e ampliação do turismo como atividade sustentável no território.
“A oficina foi muito importante para o fortalecimento do Turismo de Base Comunitária, contribuindo diretamente para o desenvolvimento social e econômico da nossa comunidade. Por aqui, seguimos confiantes de que iniciativas como essa são fundamentais para promover a valorização dos saberes locais, a geração de renda sustentável e a conservação do nosso território”, afirmou a Rayane Batista da Silva, representante da Associação de Moradores Tradicionais da Reserva de Desenvolvimento Sustentável do Igapó-açú.
Fortalecimento de parcerias - Para a WCS Brasil, a oficina foi um passo importante para consolidar parcerias locais e promover o turismo como ferramenta de conservação da biodiversidade e valorização dos modos de vida tradicionais. A presença de órgãos públicos e organizações da sociedade civil reforçou o compromisso com a construção de uma agenda integrada de desenvolvimento sustentável na região.