
Pescadores artesanais atravessam o estuário na área de conservação de Sipacate-Naranjo, na Guatemala. Os membros da comunidade utilizam equipamentos de pesca artesanal, lançados a partir de suas canoas, para capturar peixes ósseos. Crédito: Sergio Izquierdo ©WCS

A WCS (Wildlife Conservation Society) celebra o anúncio feito, neste dia 7 de novembro, durante a Cúpula de Líderes Mundiais na COP30, em Belém, sobre o reconhecimento de 160 milhões de hectares de terras de Povos Indígenas e comunidades locais por meio do Compromisso Intergovernamental de Posse de Terra. O documento estipula o ano de 2030 como prazo para sua efetivação.
“O reconhecimento dos direitos e da posse da terra é uma prioridade para a WCS, que apoia Povos Indígenas, afrodescendentes e diversas comunidades locais na garantia de seus direitos por meio da titulação de terras e no fortalecimento do exercício desses direitos”, afirmou Sushil Raj, diretor executivo de Direitos e Comunidades da WCS.
A Wildlife Conservation Society, enquanto apoiadora da campanha #PledgeWeWant, saúda o novo compromisso de US$ 1,8 bilhão assumido pelo Forest Tenure Funders Group (FTFG) para apoiar Povos Indígenas, afrodescendentes e comunidades locais na garantia de seus direitos territoriais, abrangendo uma gama ampliada de ecossistemas além das florestas. É essencial que uma parcela maior desses recursos chegue diretamente a essas populações.
“Na COP30, nossa instituição busca avançar em prioridades essenciais relacionadas à integridade ecológica, como elo substancial entre clima e biodiversidade”, afirmou Joe Walston, vice-presidente executivo do Programa Global de Conservação da WCS. “Estamos defendendo a interrupção e a reversão do desmatamento e da degradação florestal, colocando a natureza como estratégia central de mitigação.”
“Os governos também precisam fortalecer a resiliência da natureza e das pessoas, conectando a proteção da biodiversidade às ações de adaptação climática”, continuou Walston.
“Em tudo isso, o conhecimento e a liderança de Povos Indígenas e comunidades locais desempenham um papel vital na ação climática. Eles devem ser devidamente apoiados e ter seus direitos territoriais reforçados.”
Para Marcos Amend, diretor da WCS Brasil, “o reconhecimento da Contribuição Nacionalmente Determinada Indígena do Brasil e a demarcação de 270 territórios indígenas, atualmente em processo de registro formal, serão passos fundamentais para concretizar este novo compromisso”.
A Wildlife Conservation Society está pronta para apoiar o Brasil e outros governos, Povos Indígenas, afrodescendentes e comunidades locais nesse esforço monumental para proteger a natureza e o planeta.
Wildlife Conservation Society (WCS)
A WCS combina a força de seus zoológicos e aquário na cidade de Nova York com um Programa Global de Conservação presente em mais de 50 países, para cumprir sua missão de salvar a vida selvagem e os lugares naturais do planeta. A WCS coordena o maior programa de conservação de campo do mundo, protegendo mais de 50% da biodiversidade conhecida da Terra, em parceria com governos, Povos Indígenas, comunidades locais e o setor privado.